PT/BG 3.37: Difference between revisions

(Bhagavad-gita Compile Form edit)
 
(Vanibot #0019: LinkReviser - Revised links and redirected them to the de facto address when redirect exists)
 
Line 1: Line 1:
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 3|B37]]
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 3|P37]]
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 3| Capítulo Três: Karma-yoga]]'''</div>
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 3| Capítulo Três: Karma-yoga]]'''</div>
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 3.36| BG 3.36]] '''[[PT/BG 3.36|BG 3.36]] - [[PT/BG 3.38|BG 3.38]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 3.38| BG 3.38]]</div>
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 3.36| BG 3.36]] '''[[PT/BG 3.36|BG 3.36]] - [[PT/BG 3.38|BG 3.38]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 3.38| BG 3.38]]</div>
{{RandomImageRU}}
{{RandomImage|Portuguese}}


==== Verso 37 ====
==== Verso 37 ====


<div class="verse{{inter_diac_css}}">
<div class="devanagari">
:''śrī-bhagavān uvāca''
:श्रीभगवानुवाच ।
:''kāma eṣa krodha eṣa''
:''rajo-guṇa-samudbhavaḥ''
:''mahāśano mahā-pāpmā''
:''viddhy enam iha vairiṇam''


:काम एष क्रोध एष रजोगुणसमुद्भवः ।
:महाशनो महापाप्मा विद्ध्येनमिह वैरिणम् ॥३७॥
</div>
<div class="verse">
:śrī-bhagavān uvāca
:kāma eṣa krodha eṣa
:rajo-guṇa-samudbhavaḥ
:mahāśano mahā-pāpmā
:viddhy enam iha vairiṇam
</div>
</div>


==== PALAVRA POR PALAVRA ====
==== PALAVRA POR PALAVRA ====


<div class="synonyms{{inter_diac_css}}">
<div class="synonyms">
śrī-bhagavān uvāca — a Personalidade de Deus disse; kāmaḥ — luxúria; eṣaḥ — esta; krodhaḥ — ira; eṣaḥ — esta; rajaḥ-guṇa — o modo da paixão; samudbhavaḥ — nascida de; mahā-aśanaḥ — que tudo devora; mahā-pāpmā — muito pecaminoso; viddhi — saiba; enam — este; iha — no mundo material; vairiṇam — o pior inimigo.
''śrī-bhagavān uvāca'' — a Personalidade de Deus disse; ''kāmaḥ'' — luxúria; ''eṣaḥ'' — esta; ''krodhaḥ'' — ira; ''eṣaḥ'' — esta; ''rajaḥ-guṇa'' — o modo da paixão; ''samudbhavaḥ'' — nascida de; ''mahā-aśanaḥ'' — que tudo devora; ''mahā-pāpmā'' — muito pecaminoso; ''viddhi'' — saiba; ''enam'' — este; ''iha'' — no mundo material; ''vairiṇam'' — o pior inimigo.
</div>
</div>


==== TRADUÇÃO ====
==== TRADUÇÃO ====


<div class="translation{{inter_diac_css}}">
<div class="translation">
A Suprema Personalidade de Deus disse: É somente a luxúria, Arjuna, que nasce do contato com o modo material da paixão e mais tarde se transforma em ira, que é o inimigo pecaminoso que a tudo devora neste mundo.
A Suprema Personalidade de Deus disse: É somente a luxúria, Arjuna, que nasce do contato com o modo material da paixão e mais tarde se transforma em ira, que é o inimigo pecaminoso que a tudo devora neste mundo.
</div>
</div>
Line 29: Line 36:
==== SIGNIFICADO ====
==== SIGNIFICADO ====


<div class="purport{{inter_diac_css}}">
<div class="purport">
Quando a entidade viva entra em contato com a criação material e se associa com o modo da paixão, seu amor eterno por Kṛṣṇa transforma-se em luxúria. Ou, em outras palavras, o sentimento de amor a Deus transforma-se em luxúria, assim como o leite em contato com o tamarindo ácido vira iogurte. Por sua vez, quando não é satisfeita, a luxúria se converte em ira; a ira se transforma em ilusão, e a ilusão dá continuidade à existência material. Portanto, a luxúria é o maior inimigo da entidade viva, e é apenas a luxúria que induz a entidade viva pura a permanecer enredada no mundo material. A ira é a manifestação do modo da ignorância; os modos se apresentam como ira e outros corolários. Se, portanto, do modo da paixão, ao invés de degradar-se ao modo da ignorância a pessoa eleva-se ao modo da bondade pelos métodos prescritos para a forma correta de viver e agir, então, ela pode escapar da degradação produzida pela ira através do apego espiritual.
Quando a entidade viva entra em contato com a criação material e se associa com o modo da paixão, seu amor eterno por Kṛṣṇa transforma-se em luxúria. Ou, em outras palavras, o sentimento de amor a Deus transforma-se em luxúria, assim como o leite em contato com o tamarindo ácido vira iogurte. Por sua vez, quando não é satisfeita, a luxúria se converte em ira; a ira se transforma em ilusão, e a ilusão dá continuidade à existência material. Portanto, a luxúria é o maior inimigo da entidade viva, e é apenas a luxúria que induz a entidade viva pura a permanecer enredada no mundo material. A ira é a manifestação do modo da ignorância; os modos se apresentam como ira e outros corolários. Se, portanto, do modo da paixão, ao invés de degradar-se ao modo da ignorância a pessoa eleva-se ao modo da bondade pelos métodos prescritos para a forma correta de viver e agir, então, ela pode escapar da degradação produzida pela ira através do apego espiritual.



Latest revision as of 16:21, 28 June 2018

Õ Sua Divina Graca A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada


Verso 37

श्रीभगवानुवाच ।
काम एष क्रोध एष रजोगुणसमुद्भवः ।
महाशनो महापाप्मा विद्ध्येनमिह वैरिणम् ॥३७॥
śrī-bhagavān uvāca
kāma eṣa krodha eṣa
rajo-guṇa-samudbhavaḥ
mahāśano mahā-pāpmā
viddhy enam iha vairiṇam

PALAVRA POR PALAVRA

śrī-bhagavān uvāca — a Personalidade de Deus disse; kāmaḥ — luxúria; eṣaḥ — esta; krodhaḥ — ira; eṣaḥ — esta; rajaḥ-guṇa — o modo da paixão; samudbhavaḥ — nascida de; mahā-aśanaḥ — que tudo devora; mahā-pāpmā — muito pecaminoso; viddhi — saiba; enam — este; iha — no mundo material; vairiṇam — o pior inimigo.

TRADUÇÃO

A Suprema Personalidade de Deus disse: É somente a luxúria, Arjuna, que nasce do contato com o modo material da paixão e mais tarde se transforma em ira, que é o inimigo pecaminoso que a tudo devora neste mundo.

SIGNIFICADO

Quando a entidade viva entra em contato com a criação material e se associa com o modo da paixão, seu amor eterno por Kṛṣṇa transforma-se em luxúria. Ou, em outras palavras, o sentimento de amor a Deus transforma-se em luxúria, assim como o leite em contato com o tamarindo ácido vira iogurte. Por sua vez, quando não é satisfeita, a luxúria se converte em ira; a ira se transforma em ilusão, e a ilusão dá continuidade à existência material. Portanto, a luxúria é o maior inimigo da entidade viva, e é apenas a luxúria que induz a entidade viva pura a permanecer enredada no mundo material. A ira é a manifestação do modo da ignorância; os modos se apresentam como ira e outros corolários. Se, portanto, do modo da paixão, ao invés de degradar-se ao modo da ignorância a pessoa eleva-se ao modo da bondade pelos métodos prescritos para a forma correta de viver e agir, então, ela pode escapar da degradação produzida pela ira através do apego espiritual.

A Suprema Personalidade de Deus expandiu-Se em muitos através de Sua sempre crescente bem-aventurança espiritual, e as entidades vivas são partes integrantes desta bem-aventurança espiritual. Elas também têm independência parcial, mas, pelo abuso de sua independência, quando a atitude de serviço se transforma na propensão ao gozo dos sentidos, eles ficam sob o domínio da luxúria. Na criação material, o Senhor oferece às almas condicionadas situações favoráveis para que satisfaçam suas propensões luxuriosas, e quando se frustam completemente com as prolongadas atividades luxuriosas, tais entidades vivas começam a indagar sobre sua verdadeira posição.

E é neste ponto que começam os Vedānta-sūtras, onde se diz que athāto brahma-jijñāsā: deve-se indagar sobre o Supremo. E no Śrīmad-Bhāgavatam, o Supremo é definido como janmādy asya yato ’nvayād itarataś ca, ou: “A origem de tudo é o Brahman Supremo”. Logo, a origem da luxúria também está no Supremo. Se, portanto, a luxúria se transformar em amor ao Supremo, ou se transformar em consciência de Kṛṣṇa — isto é, se alguém passa a desejar tudo para Kṛṣṇa — então a luxúria e a ira poderão ser espiritualizadas. Hanumān, o grande servo do Senhor Rāma, manifestou sua ira queimando a cidade de ouro que estava sob a posse de Rāvaṇa, mas com esta atitude ele tornou-se o maior devoto do Senhor. Aqui também, no Bhagavad-gītā, o Senhor induz Arjuna a satisfazer o Senhor, empregando sua ira contra seus inimigos. Portanto, quando empregadas em consciência de Kṛṣṇa, a luxúria e a ira tornam-se nossas amigas ao invés de nossas inimigas.