PT/BG 7.8: Difference between revisions
(Bhagavad-gita Compile Form edit) |
(Vanibot #0019: LinkReviser - Revised links and redirected them to the de facto address when redirect exists) |
||
Line 1: | Line 1: | ||
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 7| | [[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 7|P08]] | ||
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 7| Capítulo Sete: O Conhecimento Acerca do Absoluto]]'''</div> | <div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 7| Capítulo Sete: O Conhecimento Acerca do Absoluto]]'''</div> | ||
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 7.7| BG 7.7]] '''[[PT/BG 7.7|BG 7.7]] - [[PT/BG 7.9|BG 7.9]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 7.9| BG 7.9]]</div> | <div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 7.7| BG 7.7]] '''[[PT/BG 7.7|BG 7.7]] - [[PT/BG 7.9|BG 7.9]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 7.9| BG 7.9]]</div> | ||
{{ | {{RandomImage|Portuguese}} | ||
==== Verso 8 ==== | ==== Verso 8 ==== | ||
<div class=" | <div class="devanagari"> | ||
: | :रसोऽहमप्सु कौन्तेय प्रभास्मि शशिसूर्ययोः । | ||
: | :प्रणवः सर्ववेदेषु शब्दः खे पौरुषं नृषु ॥८॥ | ||
</div> | |||
<div class="verse"> | |||
:raso ’ham apsu kaunteya | |||
:prabhāsmi śaśi-sūryayoḥ | |||
:praṇavaḥ sarva-vedeṣu | |||
:śabdaḥ khe pauruṣaṁ nṛṣu | |||
</div> | </div> | ||
==== PALAVRA POR PALAVRA ==== | ==== PALAVRA POR PALAVRA ==== | ||
<div class="synonyms | <div class="synonyms"> | ||
rasaḥ — sabor; aham — Eu; apsu — na água; kaunteya — ó filho de Kuntī; prabhā — a luz; asmi — Eu sou; śaśi-sūryayoḥ — do Sol e da Lua; praṇavaḥ — as três letras a-u-m; sarva — em todos; vedeṣu — os Vedas; śabdaḥ — vibração sonora; khe — no éter; pauruṣam — habilidade; nṛṣu — nos homens. | ''rasaḥ'' — sabor; ''aham'' — Eu; ''apsu'' — na água; ''kaunteya'' — ó filho de Kuntī; ''prabhā'' — a luz; ''asmi'' — Eu sou; ''śaśi-sūryayoḥ'' — do Sol e da Lua; ''praṇavaḥ'' — as três letras a-u-m; ''sarva'' — em todos; ''vedeṣu'' — os Vedas; ''śabdaḥ'' — vibração sonora; ''khe'' — no éter; ''pauruṣam'' — habilidade; ''nṛṣu'' — nos homens. | ||
</div> | </div> | ||
==== TRADUÇÃO ==== | ==== TRADUÇÃO ==== | ||
<div class="translation | <div class="translation"> | ||
Ó filho de Kuntī, Eu sou o sabor da água, a luz do Sol e da Lua, a sílaba oṁ nos mantras védicos; Eu sou o som no éter e a habilidade no homem. | Ó filho de Kuntī, Eu sou o sabor da água, a luz do Sol e da Lua, a sílaba oṁ nos mantras védicos; Eu sou o som no éter e a habilidade no homem. | ||
</div> | </div> | ||
Line 28: | Line 32: | ||
==== SIGNIFICADO ==== | ==== SIGNIFICADO ==== | ||
<div class="purport | <div class="purport"> | ||
Este verso explica como o Senhor, com Suas diversas energias materiais e espirituais, é onipenetrante. Numa etapa preliminar, o Senhor Supremo pode ser percebido por Suas diferentes energias, e desse modo Ele é compreendido impessoalmente. Assim como o semideus do Sol é uma pessoa e é percebido por sua energia onipenetrante, ou seja, o brilho do sol, da mesma forma, o Senhor, embora em Sua morada eterna, é percebido por Suas energias difusas e onipenetrantes. O sabor da água é o princípio ativo da água. Ninguém gosta de beber água do mar, porque o sabor puro da água está misturado com sal. A atração pela água depende da pureza do sabor, e este sabor puro é uma das energias do Senhor. Através do sabor da água, o impersonalista percebe nela a presença do Senhor, e o personalista também glorifica o Senhor, agradecendo Sua bondade em suprir água saborosa para matar a sede do homem. Esta é a maneira de perceber o Supremo. Na prática, não existe conflito entre personalismo e impersonalismo. Quem conhece Deus sabe que a concepção impessoal e a concepção pessoal estão ao mesmo tempo presentes em tudo e que não existe contradição. Por isso, o Senhor Caitanya estabeleceu Sua doutrina sublime: acintya bheda e abheda-tattva — igualdade e diferença simultâneas. | Este verso explica como o Senhor, com Suas diversas energias materiais e espirituais, é onipenetrante. Numa etapa preliminar, o Senhor Supremo pode ser percebido por Suas diferentes energias, e desse modo Ele é compreendido impessoalmente. Assim como o semideus do Sol é uma pessoa e é percebido por sua energia onipenetrante, ou seja, o brilho do sol, da mesma forma, o Senhor, embora em Sua morada eterna, é percebido por Suas energias difusas e onipenetrantes. O sabor da água é o princípio ativo da água. Ninguém gosta de beber água do mar, porque o sabor puro da água está misturado com sal. A atração pela água depende da pureza do sabor, e este sabor puro é uma das energias do Senhor. Através do sabor da água, o impersonalista percebe nela a presença do Senhor, e o personalista também glorifica o Senhor, agradecendo Sua bondade em suprir água saborosa para matar a sede do homem. Esta é a maneira de perceber o Supremo. Na prática, não existe conflito entre personalismo e impersonalismo. Quem conhece Deus sabe que a concepção impessoal e a concepção pessoal estão ao mesmo tempo presentes em tudo e que não existe contradição. Por isso, o Senhor Caitanya estabeleceu Sua doutrina sublime: acintya bheda e abheda-tattva — igualdade e diferença simultâneas. | ||
Latest revision as of 16:47, 28 June 2018
Verso 8
- रसोऽहमप्सु कौन्तेय प्रभास्मि शशिसूर्ययोः ।
- प्रणवः सर्ववेदेषु शब्दः खे पौरुषं नृषु ॥८॥
- raso ’ham apsu kaunteya
- prabhāsmi śaśi-sūryayoḥ
- praṇavaḥ sarva-vedeṣu
- śabdaḥ khe pauruṣaṁ nṛṣu
PALAVRA POR PALAVRA
rasaḥ — sabor; aham — Eu; apsu — na água; kaunteya — ó filho de Kuntī; prabhā — a luz; asmi — Eu sou; śaśi-sūryayoḥ — do Sol e da Lua; praṇavaḥ — as três letras a-u-m; sarva — em todos; vedeṣu — os Vedas; śabdaḥ — vibração sonora; khe — no éter; pauruṣam — habilidade; nṛṣu — nos homens.
TRADUÇÃO
Ó filho de Kuntī, Eu sou o sabor da água, a luz do Sol e da Lua, a sílaba oṁ nos mantras védicos; Eu sou o som no éter e a habilidade no homem.
SIGNIFICADO
Este verso explica como o Senhor, com Suas diversas energias materiais e espirituais, é onipenetrante. Numa etapa preliminar, o Senhor Supremo pode ser percebido por Suas diferentes energias, e desse modo Ele é compreendido impessoalmente. Assim como o semideus do Sol é uma pessoa e é percebido por sua energia onipenetrante, ou seja, o brilho do sol, da mesma forma, o Senhor, embora em Sua morada eterna, é percebido por Suas energias difusas e onipenetrantes. O sabor da água é o princípio ativo da água. Ninguém gosta de beber água do mar, porque o sabor puro da água está misturado com sal. A atração pela água depende da pureza do sabor, e este sabor puro é uma das energias do Senhor. Através do sabor da água, o impersonalista percebe nela a presença do Senhor, e o personalista também glorifica o Senhor, agradecendo Sua bondade em suprir água saborosa para matar a sede do homem. Esta é a maneira de perceber o Supremo. Na prática, não existe conflito entre personalismo e impersonalismo. Quem conhece Deus sabe que a concepção impessoal e a concepção pessoal estão ao mesmo tempo presentes em tudo e que não existe contradição. Por isso, o Senhor Caitanya estabeleceu Sua doutrina sublime: acintya bheda e abheda-tattva — igualdade e diferença simultâneas.
A luz do Sol e da Lua originalmente também emanam do brahmajyoti, que é a refulgência impessoal do Senhor. E o praṇava, ou o oṁkāra, o som transcendental encontrado no começo de cada hino védico, refere-se ao Senhor Supremo. Porque eles têm muito medo de se dirigir ao Supremo Senhor Kṛṣṇa por meio de Seus inúmeros nomes, os impersonalistas preferem vibrar o som transcendental oṁkāra. Mas eles não compreendem que o oṁkāra é a representação sonora de Kṛṣṇa. A jurisdição da consciência de Kṛṣṇa se estende por toda a parte, e quem conhece a consciência de Kṛṣṇa é abençoado. Aqueles que não conhecem Kṛṣṇa estão em ilusão, e por isso o conhecimento acerca de Kṛṣṇa é liberação, e não conhecê-lO é viver num cativeiro.