PT/BG 11.41-42: Difference between revisions
(Bhagavad-gita Compile Form edit) |
(Vanibot #0019: LinkReviser - Revised links and redirected them to the de facto address when redirect exists) |
||
Line 1: | Line 1: | ||
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 11| | [[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 11|P42]] | ||
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 11| Capítulo Onze: A Forma Universal]]'''</div> | <div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 11| Capítulo Onze: A Forma Universal]]'''</div> | ||
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 11.40| BG 11.40]] '''[[PT/BG 11.40|BG 11.40]] - [[PT/BG 11.43|BG 11.43]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 11.43| BG 11.43]]</div> | <div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 11.40| BG 11.40]] '''[[PT/BG 11.40|BG 11.40]] - [[PT/BG 11.43|BG 11.43]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 11.43| BG 11.43]]</div> | ||
{{ | {{RandomImage|Portuguese}} | ||
==== Versos 41-42 ==== | ==== Versos 41-42 ==== | ||
<div class=" | <div class="devanagari"> | ||
: | :सखेति मत्वा प्रसभं यदुक्तं | ||
: | :हे कृष्ण हे यादव हे सखेति । | ||
: | :अजानता महिमानं तवेदं | ||
: | :मया प्रमादात्प्रणयेन वापि ॥४१॥ | ||
:यच्चावहासार्थमसत्कृतोऽसि | |||
:विहारशय्यासनभोजनेषु । | |||
:एकोऽथवाप्यच्युत तत्समक्षं | |||
:तत्क्षामये त्वामहमप्रमेयम् ॥४२॥ | |||
</div> | |||
<div class="verse"> | |||
:sakheti matvā prasabhaṁ yad uktaṁ | |||
:he kṛṣṇa he yādava he sakheti | |||
:ajānatā mahimānaṁ tavedaṁ | |||
:mayā pramādāt praṇayena vāpi | |||
:yac cāvahāsārtham asat-kṛto ’si | |||
:vihāra-śayyāsana-bhojaneṣu | |||
:eko ’tha vāpy acyuta tat-samakṣaṁ | |||
:tat kṣāmaye tvām aham aprameyam | |||
</div> | </div> | ||
==== PALAVRA POR PALAVRA ==== | ==== PALAVRA POR PALAVRA ==== | ||
<div class="synonyms | <div class="synonyms"> | ||
sakhā — amigo; iti — assim; matvā — pensando; prasabham — presunçosamente; yat — tudo o que; uktam — dito; he kṛṣṇa — ó Kṛṣṇa; he yādava — ó Yādava; he sakhe — ó meu querido amigo; iti — assim; ajānatā — sem conhecer; mahimānam — glórias; tava — Suas; idam — isto; mayā — por mim; pramādāt — por tolice; praṇayena — por amor; vā api — ou; yat — tudo o que; ca — também; avahāsa-artham — por brincadeira; asat-kṛtaḥ — desonrado; asi — foi; vihāra — em relaxamento; śayyā — deitado; āsana — sentado; bhojaneṣu — ou quando comíamos juntos; ekaḥ — sozinhos; atha vā — ou; api — também; acyuta — ó infalível; tat-samakṣam — entre companheiros; tat — por tudo isso; kṣāmaye — peço perdão; tvām — a Você; aham — eu; aprameyam — imensurável | ''sakhā'' — amigo; ''iti'' — assim; ''matvā'' — pensando; ''prasabham'' — presunçosamente; ''yat'' — tudo o que; ''uktam'' — dito; ''he kṛṣṇa'' — ó Kṛṣṇa; ''he yādava'' — ó Yādava; ''he sakhe'' — ó meu querido amigo; ''iti'' — assim; ''ajānatā'' — sem conhecer; ''mahimānam'' — glórias; ''tava'' — Suas; ''idam'' — isto; ''mayā'' — por mim; ''pramādāt'' — por tolice; ''praṇayena'' — por amor; ''vā api'' — ou; ''yat'' — tudo o que; ''ca'' — também; ''avahāsa-artham'' — por brincadeira; ''asat-kṛtaḥ'' — desonrado; ''asi'' — foi; ''vihāra'' — em relaxamento; ''śayyā'' — deitado; ''āsana'' — sentado; ''bhojaneṣu'' — ou quando comíamos juntos; ''ekaḥ'' — sozinhos; ''atha vā'' — ou; ''api'' — também; ''acyuta'' — ó infalível; ''tat-samakṣam'' — entre companheiros; ''tat'' — por tudo isso; ''kṣāmaye'' — peço perdão; ''tvām'' — a Você; ''aham'' — eu; ''aprameyam'' — imensurável | ||
</div> | </div> | ||
==== TRADUÇÃO ==== | ==== TRADUÇÃO ==== | ||
<div class="translation | <div class="translation"> | ||
Colocando-O na posição de amigo, sem sequer conhecer Suas glórias, dirigi-me a Você com as seguintes palavras imprudentes: “Ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, “ó meu amigo”. Por favor, perdoe tudo o que eu possa ter feito por loucura ou por amor. Quantas vezes O desonrei brincando, enquanto nos descontraíamos, deitávamos na mesma cama, sentávamos ou comíamos juntos, às vezes a sós e outras vezes diante de muitos amigos. Ó infalível, por favor, perdoe todas essas minhas ofensas! | Colocando-O na posição de amigo, sem sequer conhecer Suas glórias, dirigi-me a Você com as seguintes palavras imprudentes: “Ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, “ó meu amigo”. Por favor, perdoe tudo o que eu possa ter feito por loucura ou por amor. Quantas vezes O desonrei brincando, enquanto nos descontraíamos, deitávamos na mesma cama, sentávamos ou comíamos juntos, às vezes a sós e outras vezes diante de muitos amigos. Ó infalível, por favor, perdoe todas essas minhas ofensas! | ||
</div> | </div> | ||
Line 32: | Line 43: | ||
==== SIGNIFICADO ==== | ==== SIGNIFICADO ==== | ||
<div class="purport | <div class="purport"> | ||
Embora Kṛṣṇa Se manifeste diante de Arjuna em Sua forma universal, Arjuna recorda-se da relação amistosa que cultivava com Kṛṣṇa e por conseguinte pede perdão e solicita a Kṛṣṇa que o desculpe dos muitos gestos informais que surgem em conseqüência da amizade. Ele admite que antes não sabia que Kṛṣṇa podia assumir tal forma universal, embora Kṛṣṇa a houvesse explicado quando agia como seu amigo íntimo. Arjuna não sabia quantas vezes podia ter desonrado Kṛṣṇa, tratando-O de: “Ó meu amigo”, “ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, etc., sem reconhecer Sua opulência. Mas Kṛṣṇa é tão bom e misericordioso que, apesar dessa opulência, Ele tratou Arjuna como amigo. É assim que se dá a reciprocidade amorosa transcendental entre o devoto e o Senhor. O relacionamento entre a entidade viva e Kṛṣṇa é algo estabelecido eternamente. Não se pode esquecê-lo, como se vê pelo comportamento de Arjuna. Embora tenha visto a opulência da forma universal, Arjuna não pôde esquecer sua relação amigável com Kṛṣṇa. | Embora Kṛṣṇa Se manifeste diante de Arjuna em Sua forma universal, Arjuna recorda-se da relação amistosa que cultivava com Kṛṣṇa e por conseguinte pede perdão e solicita a Kṛṣṇa que o desculpe dos muitos gestos informais que surgem em conseqüência da amizade. Ele admite que antes não sabia que Kṛṣṇa podia assumir tal forma universal, embora Kṛṣṇa a houvesse explicado quando agia como seu amigo íntimo. Arjuna não sabia quantas vezes podia ter desonrado Kṛṣṇa, tratando-O de: “Ó meu amigo”, “ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, etc., sem reconhecer Sua opulência. Mas Kṛṣṇa é tão bom e misericordioso que, apesar dessa opulência, Ele tratou Arjuna como amigo. É assim que se dá a reciprocidade amorosa transcendental entre o devoto e o Senhor. O relacionamento entre a entidade viva e Kṛṣṇa é algo estabelecido eternamente. Não se pode esquecê-lo, como se vê pelo comportamento de Arjuna. Embora tenha visto a opulência da forma universal, Arjuna não pôde esquecer sua relação amigável com Kṛṣṇa. | ||
</div> | </div> |
Latest revision as of 15:24, 28 June 2018
Versos 41-42
- सखेति मत्वा प्रसभं यदुक्तं
- हे कृष्ण हे यादव हे सखेति ।
- अजानता महिमानं तवेदं
- मया प्रमादात्प्रणयेन वापि ॥४१॥
- यच्चावहासार्थमसत्कृतोऽसि
- विहारशय्यासनभोजनेषु ।
- एकोऽथवाप्यच्युत तत्समक्षं
- तत्क्षामये त्वामहमप्रमेयम् ॥४२॥
- sakheti matvā prasabhaṁ yad uktaṁ
- he kṛṣṇa he yādava he sakheti
- ajānatā mahimānaṁ tavedaṁ
- mayā pramādāt praṇayena vāpi
- yac cāvahāsārtham asat-kṛto ’si
- vihāra-śayyāsana-bhojaneṣu
- eko ’tha vāpy acyuta tat-samakṣaṁ
- tat kṣāmaye tvām aham aprameyam
PALAVRA POR PALAVRA
sakhā — amigo; iti — assim; matvā — pensando; prasabham — presunçosamente; yat — tudo o que; uktam — dito; he kṛṣṇa — ó Kṛṣṇa; he yādava — ó Yādava; he sakhe — ó meu querido amigo; iti — assim; ajānatā — sem conhecer; mahimānam — glórias; tava — Suas; idam — isto; mayā — por mim; pramādāt — por tolice; praṇayena — por amor; vā api — ou; yat — tudo o que; ca — também; avahāsa-artham — por brincadeira; asat-kṛtaḥ — desonrado; asi — foi; vihāra — em relaxamento; śayyā — deitado; āsana — sentado; bhojaneṣu — ou quando comíamos juntos; ekaḥ — sozinhos; atha vā — ou; api — também; acyuta — ó infalível; tat-samakṣam — entre companheiros; tat — por tudo isso; kṣāmaye — peço perdão; tvām — a Você; aham — eu; aprameyam — imensurável
TRADUÇÃO
Colocando-O na posição de amigo, sem sequer conhecer Suas glórias, dirigi-me a Você com as seguintes palavras imprudentes: “Ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, “ó meu amigo”. Por favor, perdoe tudo o que eu possa ter feito por loucura ou por amor. Quantas vezes O desonrei brincando, enquanto nos descontraíamos, deitávamos na mesma cama, sentávamos ou comíamos juntos, às vezes a sós e outras vezes diante de muitos amigos. Ó infalível, por favor, perdoe todas essas minhas ofensas!
SIGNIFICADO
Embora Kṛṣṇa Se manifeste diante de Arjuna em Sua forma universal, Arjuna recorda-se da relação amistosa que cultivava com Kṛṣṇa e por conseguinte pede perdão e solicita a Kṛṣṇa que o desculpe dos muitos gestos informais que surgem em conseqüência da amizade. Ele admite que antes não sabia que Kṛṣṇa podia assumir tal forma universal, embora Kṛṣṇa a houvesse explicado quando agia como seu amigo íntimo. Arjuna não sabia quantas vezes podia ter desonrado Kṛṣṇa, tratando-O de: “Ó meu amigo”, “ó Kṛṣṇa”, “ó Yādava”, etc., sem reconhecer Sua opulência. Mas Kṛṣṇa é tão bom e misericordioso que, apesar dessa opulência, Ele tratou Arjuna como amigo. É assim que se dá a reciprocidade amorosa transcendental entre o devoto e o Senhor. O relacionamento entre a entidade viva e Kṛṣṇa é algo estabelecido eternamente. Não se pode esquecê-lo, como se vê pelo comportamento de Arjuna. Embora tenha visto a opulência da forma universal, Arjuna não pôde esquecer sua relação amigável com Kṛṣṇa.