PT/BG 11.8: Difference between revisions

(Bhagavad-gita Compile Form edit)
 
(Vanibot #0019: LinkReviser - Revised links and redirected them to the de facto address when redirect exists)
 
Line 1: Line 1:
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 11|B08]]
[[Category:PT/Bhagavad-gītā - Capítulo 11|P08]]
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 11| Capítulo Onze: A Forma Universal]]'''</div>
<div style="float:left">'''[[Portuguese - Bhagavad-gītā Como Ele É|Bhagavad-gītā Como Ele É]] - [[PT/BG 11| Capítulo Onze: A Forma Universal]]'''</div>
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 11.7| BG 11.7]] '''[[PT/BG 11.7|BG 11.7]] - [[PT/BG 11.9|BG 11.9]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 11.9| BG 11.9]]</div>
<div style="float:right">[[File:Go-previous.png|link=PT/BG 11.7| BG 11.7]] '''[[PT/BG 11.7|BG 11.7]] - [[PT/BG 11.9|BG 11.9]]''' [[File:Go-next.png|link=PT/BG 11.9| BG 11.9]]</div>
{{RandomImageRU}}
{{RandomImage|Portuguese}}


==== Verso 8 ====
==== Verso 8 ====


<div class="verse{{inter_diac_css}}">
<div class="devanagari">
:''na tu māṁ śakyase draṣṭum''
:न तु मां शक्यसे द्रष्टुमनेनैव स्वचक्षुषा ।
:''anenaiva sva-cakṣuṣā''
:दिव्यं ददामि ते चक्षुः पश्य मे योगमैश्वरम् ॥८॥
:''divyaṁ dadāmi te cakṣuḥ''
</div>
:''paśya me yogam aiśvaram''


<div class="verse">
:na tu māṁ śakyase draṣṭum
:anenaiva sva-cakṣuṣā
:divyaṁ dadāmi te cakṣuḥ
:paśya me yogam aiśvaram
</div>
</div>


==== PALAVRA POR PALAVRA ====
==== PALAVRA POR PALAVRA ====


<div class="synonyms{{inter_diac_css}}">
<div class="synonyms">
na — nunca; tu — mas; mām — a Mim; śakyase — você é capaz; draṣṭum — de ver; anena — com estes; eva — decerto; sva-cakṣuṣā — seus próprios olhos; divyam — divinos; dadāmi — dou; te — a você; cakṣuḥ — olhos; paśya — veja; me — Meu; yogam aiśvaram — inconcebível poder místico.
''na'' — nunca; ''tu'' — mas; ''mām'' — a Mim; ''śakyase'' — você é capaz; ''draṣṭum'' — de ver; ''anena'' — com estes; ''eva'' — decerto; ''sva-cakṣuṣā'' — seus próprios olhos; ''divyam'' — divinos; ''dadāmi'' — dou; ''te'' — a você; ''cakṣuḥ'' — olhos; ''paśya'' — veja; ''me'' — Meu; ''yogam aiśvaram'' — inconcebível poder místico.
</div>
</div>


==== TRADUÇÃO ====
==== TRADUÇÃO ====


<div class="translation{{inter_diac_css}}">
<div class="translation">
Mas você não pode ver com seus olhos atuais. Por isso, Eu lhe dou olhos divinos. Observe Minha opulência mística!
Mas você não pode ver com seus olhos atuais. Por isso, Eu lhe dou olhos divinos. Observe Minha opulência mística!
</div>
</div>
Line 28: Line 32:
==== SIGNIFICADO ====
==== SIGNIFICADO ====


<div class="purport{{inter_diac_css}}">
<div class="purport">
O devoto puro não gosta de ver Kṛṣṇa em nenhuma outra forma, exceto Sua forma de dois braços; o devoto só pode ver Sua forma universal por Sua graça, e não com a mente, mas com olhos espirituais. Para ver a forma universal de Kṛṣṇa, não se ordenou que Arjuna mudasse sua mente, mas que mudasse sua visão. A forma universal de Kṛṣṇa não é muito importante; isto ficará claro nos versos subseqüentes. No entanto, como Arjuna queria vê-la, o Senhor lhe dá a visão própria para ver essa forma universal.
O devoto puro não gosta de ver Kṛṣṇa em nenhuma outra forma, exceto Sua forma de dois braços; o devoto só pode ver Sua forma universal por Sua graça, e não com a mente, mas com olhos espirituais. Para ver a forma universal de Kṛṣṇa, não se ordenou que Arjuna mudasse sua mente, mas que mudasse sua visão. A forma universal de Kṛṣṇa não é muito importante; isto ficará claro nos versos subseqüentes. No entanto, como Arjuna queria vê-la, o Senhor lhe dá a visão própria para ver essa forma universal.



Latest revision as of 15:27, 28 June 2018

Õ Sua Divina Graca A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada


Verso 8

न तु मां शक्यसे द्रष्टुमनेनैव स्वचक्षुषा ।
दिव्यं ददामि ते चक्षुः पश्य मे योगमैश्वरम् ॥८॥
na tu māṁ śakyase draṣṭum
anenaiva sva-cakṣuṣā
divyaṁ dadāmi te cakṣuḥ
paśya me yogam aiśvaram

PALAVRA POR PALAVRA

na — nunca; tu — mas; mām — a Mim; śakyase — você é capaz; draṣṭum — de ver; anena — com estes; eva — decerto; sva-cakṣuṣā — seus próprios olhos; divyam — divinos; dadāmi — dou; te — a você; cakṣuḥ — olhos; paśya — veja; me — Meu; yogam aiśvaram — inconcebível poder místico.

TRADUÇÃO

Mas você não pode ver com seus olhos atuais. Por isso, Eu lhe dou olhos divinos. Observe Minha opulência mística!

SIGNIFICADO

O devoto puro não gosta de ver Kṛṣṇa em nenhuma outra forma, exceto Sua forma de dois braços; o devoto só pode ver Sua forma universal por Sua graça, e não com a mente, mas com olhos espirituais. Para ver a forma universal de Kṛṣṇa, não se ordenou que Arjuna mudasse sua mente, mas que mudasse sua visão. A forma universal de Kṛṣṇa não é muito importante; isto ficará claro nos versos subseqüentes. No entanto, como Arjuna queria vê-la, o Senhor lhe dá a visão própria para ver essa forma universal.

Os devotos que têm um relacionamento transcendental correto com Kṛṣṇa sentem-se atraídos aos aspectos amorosos, e não a uma exibição materialista de opulências. Os colegas de Kṛṣṇa, os amigos de Kṛṣṇa e os pais de Kṛṣṇa jamais querem que Kṛṣṇa mostre Suas opulências. Eles estão tão imersos em amor puro, que nem mesmo sabem que Kṛṣṇa é a Suprema Personalidade de Deus. Em seu intercâmbio amoroso, eles se esquecem de que Kṛṣṇa é o Senhor Supremo. No Śrīmad-Bhāgavatam, afirma-se que todos os meninos que se divertem com Kṛṣṇa são almas muito piedosas que, após muitos e muitos nascimentos, podem brincar com Ele. Esses meninos não sabem que Kṛṣṇa é a Suprema Personalidade de Deus. Eles O tomam por um amigo pessoal. Por isso, Śukadeva Gosvāmī recita este verso:

itthaṁ satāṁ brahma-sukhānubhūtyā dāsyaṁ gatānāṁ para-daivatena māyāśritānāṁ nara-dārakeṇa sākaṁ vijahruḥ kṛta-puṇya-puñjāḥ

“Aqui está a Pessoa Suprema, que é considerado o Brahman impessoal por grandes sábios, a Suprema Personalidade de Deus pelos devotos e um produto da natureza material por homens comuns. Agora estes meninos, que executaram muitas e muitas atividades piedosas em suas vidas passadas, estão brincando com esta Suprema Personalidade de Deus.” (Śrīmad-Bhāgavatam 10.12.11)

O fato é que o devoto não está interessado em ver a viśva-rūpa, a forma universal, mas Arjuna queria vê-la para corroborar as declarações de Kṛṣṇa de modo que no futuro as pessoas pudessem entender que Kṛṣṇa apresentou-Se como o Supremo, não apenas teórica ou filosoficamente, mas Ele na prática mostrou a Arjuna essa Sua característica. Arjuna tem que confirmar isto, porque ele é o início do sistema paramparā. Aqueles que têm verdadeiro interesse em compreender a Suprema Personalidade de Deus, Kṛṣṇa, e que seguem os passos de Arjuna devem entender que Kṛṣṇa não só Se apresentou teoricamente como o Supremo, mas de fato revelou-Se como o Supremo.

O Senhor deu a Arjuna o poder necessário para ver Sua forma universal porque sabia que Arjuna não queria especificamente vê-la, como já explicamos.