PT/BG 2.26: Difference between revisions

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==== Verso 26 ====
==== Verso 26 ====


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<div class="devanagari">
:''atha cainaṁ nitya-jātaṁ''
:अथ चैनं नित्यजातं नित्यं वा मन्यसे मृतम् ।
:''nityaṁ vā manyase mṛtam''
:तथापि त्वं महाबाहो नैवं शोचितुमर्हसि ॥२६॥
:''tathāpi tvaṁ mahā-bāho''
</div>
:''nainaṁ śocitum arhasi''


<div class="verse">
:atha cainaṁ nitya-jātaṁ
:nityaṁ vā manyase mṛtam
:tathāpi tvaṁ mahā-bāho
:nainaṁ śocitum arhasi
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==== PALAVRA POR PALAVRA ====
==== PALAVRA POR PALAVRA ====


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atha — se, porém; ca — também; enam — esta alma; nitya-jātam — sempre nascida; nityam — para sempre; vā — ou; manyase — pensa assim; mṛtam — morta; tathā api — mesmo assim; tvam — você; mahā-bāho — ó pessoa de braços poderosos; na — nunca; enam — a alma; śocitum — lamentar; arhasi — merece.
''atha'' — se, porém; ''ca'' — também; ''enam'' — esta alma; ''nitya-jātam'' — sempre nascida; ''nityam'' — para sempre; '''' — ou; ''manyase'' — pensa assim; ''mṛtam'' — morta; ''tathā api'' — mesmo assim; ''tvam'' — você; ''mahā-bāho'' — ó pessoa de braços poderosos; ''na'' — nunca; ''enam'' — a alma; ''śocitum'' — lamentar; ''arhasi'' — merece.
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==== TRADUÇÃO ====
==== TRADUÇÃO ====


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Se, no entanto, você pensa que a alma [ou os sintomas de vida] sempre nasce e morre para sempre, ainda assim, voce não tem razão para lamentar, ó pessoa de braços poderosos.
Se, no entanto, você pensa que a alma [ou os sintomas de vida] sempre nasce e morre para sempre, ainda assim, voce não tem razão para lamentar, ó pessoa de braços poderosos.
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==== SIGNIFICADO ====
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Existe sempre uma classe de filósofos, muito parecida com os budistas, que não acredita que a alma possa existir separada do corpo. Quando o Senhor Kṛṣṇa falou o Bhagavad-gītā, parece que esses filósofos existiam, e eles eram conhecidos como lokāyatikas e vaibhāṣikas. Esses filósofos sustentam que os sintomas de vida ocorrem quando a combinação material atinge certa maturidade. O cientista materialista moderno e os filósofos materialistas também têm esse mesmo pensamento. Segundo eles, o corpo é uma combinação de elementos físicos, e a certa altura os sintomas de vida desenvolvem-se através da interação dos elementos físicos e químicos. A ciência antropológica baseia-se nessa filosofia. Atualmente, muitas pseudo-religiões — que agora viraram moda nos Estados Unidos — também estão aderindo a essa filosofia, bem como às seitas budistas niilistas não-devocionais.
Existe sempre uma classe de filósofos, muito parecida com os budistas, que não acredita que a alma possa existir separada do corpo. Quando o Senhor Kṛṣṇa falou o Bhagavad-gītā, parece que esses filósofos existiam, e eles eram conhecidos como lokāyatikas e vaibhāṣikas. Esses filósofos sustentam que os sintomas de vida ocorrem quando a combinação material atinge certa maturidade. O cientista materialista moderno e os filósofos materialistas também têm esse mesmo pensamento. Segundo eles, o corpo é uma combinação de elementos físicos, e a certa altura os sintomas de vida desenvolvem-se através da interação dos elementos físicos e químicos. A ciência antropológica baseia-se nessa filosofia. Atualmente, muitas pseudo-religiões — que agora viraram moda nos Estados Unidos — também estão aderindo a essa filosofia, bem como às seitas budistas niilistas não-devocionais.



Latest revision as of 16:07, 28 June 2018

Õ Sua Divina Graca A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada


Verso 26

अथ चैनं नित्यजातं नित्यं वा मन्यसे मृतम् ।
तथापि त्वं महाबाहो नैवं शोचितुमर्हसि ॥२६॥
atha cainaṁ nitya-jātaṁ
nityaṁ vā manyase mṛtam
tathāpi tvaṁ mahā-bāho
nainaṁ śocitum arhasi

PALAVRA POR PALAVRA

atha — se, porém; ca — também; enam — esta alma; nitya-jātam — sempre nascida; nityam — para sempre; — ou; manyase — pensa assim; mṛtam — morta; tathā api — mesmo assim; tvam — você; mahā-bāho — ó pessoa de braços poderosos; na — nunca; enam — a alma; śocitum — lamentar; arhasi — merece.

TRADUÇÃO

Se, no entanto, você pensa que a alma [ou os sintomas de vida] sempre nasce e morre para sempre, ainda assim, voce não tem razão para lamentar, ó pessoa de braços poderosos.

SIGNIFICADO

Existe sempre uma classe de filósofos, muito parecida com os budistas, que não acredita que a alma possa existir separada do corpo. Quando o Senhor Kṛṣṇa falou o Bhagavad-gītā, parece que esses filósofos existiam, e eles eram conhecidos como lokāyatikas e vaibhāṣikas. Esses filósofos sustentam que os sintomas de vida ocorrem quando a combinação material atinge certa maturidade. O cientista materialista moderno e os filósofos materialistas também têm esse mesmo pensamento. Segundo eles, o corpo é uma combinação de elementos físicos, e a certa altura os sintomas de vida desenvolvem-se através da interação dos elementos físicos e químicos. A ciência antropológica baseia-se nessa filosofia. Atualmente, muitas pseudo-religiões — que agora viraram moda nos Estados Unidos — também estão aderindo a essa filosofia, bem como às seitas budistas niilistas não-devocionais.

Mesmo que Arjuna não acreditasse na existência da alma — como na filosofia vaibhāṣika —, não havia motivo para lamentação. Ninguém lamenta a perda de determinada quantidade de substâncias químicas e pára de cumprir seu dever prescrito. Por outro lado, na ciência moderna e na atividade bélica científica, gastam-se tantas toneladas de produtos químicos para conseguir a vitória sobre o inimigo. Segundo a filosofia vaibhāṣika, a presumível alma ou ātmā desaparece quando se dá a deterioração do corpo. Logo, em qualquer caso, quer aceitasse a conclusão védica segundo a qual existe uma alma atômica, quer não acreditasse na existência da alma, Arjuna não tinha razão para lamentar-se. Segundo essa teoria, já que existem tantas entidades vivas sendo geradas da matéria a cada momento, e tantas delas estão perecendo a cada momento, não é preciso ficar atormentado com esses incidentes. Se não houvesse o renascimento da alma, Arjuna não teria razão para temer as reações pecaminosas decorrentes do fato de ele matar seu avô e seu mestre. Mas ao mesmo tempo, Kṛṣṇa sarcasticamente chama Arjuna de mahā-bāhu, pessoa de braços poderosos, porque, de Sua parte, Ele não aceitava a teoria dos vaibhāṣikas, que rejeita a sabedoria védica. Como kṣatriya, Arjuna pertencia à cultura védica, e a ele convinha continuar seguindo-lhe os princípios.