PT/BG 11.4
Verso 4
- मन्यसे यदि तच्छक्यं मया द्रष्टुमिति प्रभो ।
- योगेश्वर ततो मे त्वं दर्शयात्मानमव्ययम् ॥४॥
- manyase yadi tac chakyaṁ
- mayā draṣṭum iti prabho
- yogeśvara tato me tvaṁ
- darśayātmānam avyayam
PALAVRA POR PALAVRA
manyase — acha; yadi — se; tat — essa; śakyam — é capaz de; mayā — por mim; draṣṭum — ser vista; iti — assim; prabho — ó Senhor; yoga-īśvara — ó Senhor de todo o poder místico; tataḥ — então; me — a mim; tvam — Você; darśaya — mostre; ātmānam — o Seu Eu; avyayam — eterno.
TRADUÇÃO
Se Você acha que sou capaz de contemplar Sua forma cósmica, ó meu Senhor, ó mestre de todo o poder místico, então, mostre-me por favor este ilimitado Eu universal.
SIGNIFICADO
Diz-se que, através dos sentidos materiais, ninguém pode ver, ouvir, compreender ou perceber o Senhor Supremo, Kṛṣṇa. Mas se, desde o começo, o devoto se ocupa no serviço transcendental amoroso do Senhor, então, o Senhor pode revelar-Se para ele. Cada entidade viva é apenas uma centelha espiritual, portanto, não lhe é possível ver nem compreender o Senhor Supremo. Arjuna, como devoto, não depende de sua força especulativa; em vez disso, ele admite suas limitações como entidade viva e reconhece a posição inestimável de Kṛṣṇa. Arjuna podia compreender que para uma entidade viva não é possível entender o infinito ilimitado. Se o infinito Se revela, então, é possível compreender a natureza do infinito pela graça do infinito. A palavra yogeśvara também é muito significativa aqui porque o Senhor tem poder inconcebível. Se Ele quiser, Ele pode Se revelar por Sua graça, embora seja ilimitado. Por isso, Arjuna suplica a graça inconcebível de Kṛṣṇa. Ele não dá ordens a Kṛṣṇa. Kṛṣṇa não é obrigado a Se revelar a quem não se rende em plena consciência de Kṛṣṇa e não se ocupa em serviço devocional. Logo, não é possível que pessoas que dependem da força de suas especulações mentais, vejam Kṛṣṇa.